sexta-feira, 1 de agosto de 2008


Esta chama voraz que arde em meu peito Me atordoa, me embala, me agita no leito, Em pseudos e doces espasmos de dor... É dor saborosa, que leva à loucura, Que acalma, aquece, entorpece, tortura, Insolentes e castos eflúvios de amor... Que são estas ondas tão incoerentes, De sons e de cores, fortes, envolventes, De tantos sabores paradoxais? Serão os sentidos que estão me enganando, Ou apenas os sonhos que vão me embalando, Em meus dias maduros... tristes... outonais? Confesso... ... é o grito, o brado, o clamor, a explosão, Louco sentimento mesclado em paixão, Que sinto por ti e é tão delirante... Que só se acalma quando adormeço E do mundo, da vida, das dores esqueço, No pouso encantado de teu peito amante

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